Nasci em um mundo cheio de preconceitos e cresci nesse
mundo. Aos gays, tanto masculinos como femininos, eram chamados de doentes,
depravados ou promíscuos, eram surrados, apedrejados, esquartejados, xingados, presos, expulsos de casa e mal amados. Nos anos 80, século XX, quem amasse outra pessoa do
mesmo sexo teria de viver assim: finge-se que é parente, beija-se escondido e
se ama platonicamente. Teria de ter coragem para se declarar e assumir um amor
por inteiro. Poucos faziam isso. No meu tempo de adolescência assumia-se um “namorado”
para poder ter uma “namorada”. Era tudo escondidinho.
Hoje, década de 2000, século XXI, amor liberal, sexo
explicito, todos tem direito de amar, direitos iguais tanto heterossexuais quanto homossexuais, e entramos numa Era em que
há mais do que isso, há os bissexuais, os assexuados, etc... Mas na verdade, no
meio de toda essa “liberdade”, não há liberdade para se amar. Por mais que os
homossexuais tenham assumido e que os heterossexuais tenham dito que estão
liberais, vemos por aí o que nos surpreendem nesse século: Matança de
homossexuais. Então vieram junto, do século passado, os homofóbicos, os
lesbofóbicos e outros grupos preconceituosos.
Por mais que alguns repudiem esses atos, por mais que se
evitem os danos morais e físicos causados, há sempre o torpe que se diz o
correto, o liberal que na verdade não o é, o amoral que prega a moralidade na
sua igreja, o tolo que nunca será sábio, o maldito que pensa estar consertando
o mundo, o homem que julga estar correto em nome de Deus, e o que jura ser Deus
sendo ele o diabo.
A esses, que Deus quando fizer o seu julgamento, tenha a piedade
que eles não tem e que julgue eles conforme o carrasco que julgou o seu
próximo, pois querendo ou não ele, o homossexual a quem eles maltratam é também
seu irmão perante o altíssimo e os dois estarão no mesmo paredão de julgamento
de Deus, e que este Deus olhe e julgue cada um pelo seu pecado.
Nada mudou, o tempo passa, mas o preconceito continua.
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