A homossexualidade
feminina é uma variante normal da heterossexualidade e existem muitas mulheres
lésbicas felizes com sua orientação sexual. A mulher lésbica poderá ser feliz.
Vai depender muito da compreensão que tenha da homossexualidade e de seu
equilíbrio emocional.
Os programas de prevenção das Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DSTs) governamentais apresentam falhas, quanto as suas campanhas
publicitárias. As peças publicitárias não abordam de forma consistente a
prevenção junto à população homossexual do país. Uma parcela enorme de jovens
gays e lésbicas não tem acesso às informações de como devem se prevenir contra
as DSTs.
As jovens
garotas lésbicas são as mais prejudicadas e não têm acesso às informações de
como se protegerem.
Com relação ao ato sexual entre mulheres deve existir uma
preocupação com as DSTs, que são causadas por fungos, bactérias, protozoários e
vírus e são passadas no ato sexual. As DSTs são transmitidas entre mulheres
lésbicas através da secreção vaginal, sangue, boca nas genitais, roçar das
vulvas, dedos, mãos na vulva, vagina, ânus e penetração sem camisinha com
brinquedos sexuais.
Uma coisa que as mulheres lésbicas de forma
geral não imaginam é que elas podem sim ter várias doenças sexualmente
transmissíveis, algumas delas até em maior número e com mais complicações do
que em heteros ou bissexuais.
As
lésbicas não estão imunes às doenças sexualmente transmissíveis. Isso se dá por falta de alguns cuidados e
informações.
Vamos
saber mais sobre as DSTs entre
lésbicas:
As
DSTs podem ser entendidas como qualquer doença que seja transmitida através de
relações sexuais, que podem variar desde um beijo até um ato sexual
propriamente dito. Também são conhecidas como DOENÇAS VENÉREAS, uma associação
com a deusa Vênus da mitologia grega, responsável pelo amor e sexo. Na grande parte das vezes a
pessoa que está infectada transmite à outra através da relação sexual, mas
também pode ser durante o beijo, sexo oral, brincadeiras com dedos ,
brinquedos, uso de roupas íntimas, enfim tudo que proporcione o contato do
vírus ou da bactéria de uma pessoa com a outra. Entre as lésbicas o número de
transmissão do HIV (vírus que provoca AIDS) são bem baixos, mas outras DSTs
apresentam índices altos.
A melhor forma de
prevenir o contágio é através da camisinha, mas entre lésbicas isso só é válido
no caso de uso de vibradores, objetos, não dá prá usar a camisinha, ainda que a
feminina. O ideal então é
que se tenha o máximo de higiene e cuidados com a saúde possíveis.
As DSTs, e aqui não vamos falar da AIDS que merece
um capítulo especial, podem levar a sérias complicações como disfunções
sexuais, dor durante o ato sexual, esterilidade, aborto, alguns tipos de câncer
e até morte. Como saber se
contraiu uma DST?
Existem
vários sintomas que podem indicar a presença de uma DST, mas muitas delas não
têm sintomas e só podem ser diagnosticadas através de consultas ao
ginecologista e exames.
Principais sinais e sintomas das DSTs em mulheres:
1. Aparecimento de feridas (úlceras) em regiões
como a vagina, grandes lábios, interior da boca, perto do ânus.
2. Corrimento: o corrimento da mulher é maior
quando ela ovula, mas é um corrimento clarinho e sem cheiro. Se o corrimento
mudar de cor, ficar com um cheiro forte, manchar a calcinha ou tiver um sabor diferente,
indica fortemente alguma alteração na flora da vagina e a presença de uma DST.
3. Verrugas nas regiões vaginal e anal são forte
indício de DSTs, especialmente o HPV.
4. Ardência ou coceiras, mais sentidas quando se
vai urinar ou no início ou fim da relação sexual. Algumas mulheres podem sentir
as duas coisas juntas, ou separadas, ou sentir só de vez em quando.
5. Dor ou mal estar, geralmente uma dorzinha
incômoda abaixo do umbigo, na parte baixa da barriga, quando se urina, evacua
ou nas relações sexuais.
DSTs mais frequentes entre mulheres:
1. SÍFILIS: A
sífilis é uma DST causada por bactéria que pode ou não ter um período de
incubação e até não apresentar sintomas, isso pode variar entre 15 dias até 3
meses.
Os
sintomas são muito variados, mas geralmente há o aparecimento de gânglios, que
são os órgãos responsáveis pela defesa do organismo, conhecidos como ínguas.
Esse
gânglios vão estar aumentados e dolorosos e aparecem geralmente na virilha.
Nesta fase inicial podem aparecer também algumas
feridas arredondadas que não doem, nem coçam. E aí aparece um corrimento
amarelado pela vagina. Como nesta fase já pode tem as bactérias circulando pelo
organismo, podem surgir outros sintomas como febre, mal-estar, cansaço, dores
nas juntas. E mesmo antes do aparecimento dos sintomas, a bactéria já está
presente no sangue e nas secreções e é possível ser transmitida.
A
sífilis é especialmente perigosa em mulheres grávidas, pois pode causar
malformações nos fetos.
É uma doença muito séria, mas que tem um
tratamento rápido, seguro, barato e eficaz se for descoberta a tempo. Por isso,
se você tem algum destes sintomas ou manteve relações sexuais com alguém que
teve, é muito importante que procure um ginecologista.
2. Gonorreia ou blenorragia: A gonorreia também é uma doença causada
por bactéria e as formas de transmissão são muito parecidas com as da sífilis,
ou seja: sexo oral, vaginal, anal, beijos, dedos, brinquedos. A gonorreia tem um período de incubação menor do que o da sífilis, entre
dois e sete dias, e homens e mulheres tem sintomas um pouco diferentes.
Sintomas na mulher:
·
Corrimento vaginal
·
Dor no canal da vagina com irritação
·
Alterações intestinais
O
tratamento também é rápido e eficaz, mas deve ser feito com rapidez.
3. Herpes: A
herpes é causada por um vírus. Precauções que você pode tomar, enquanto o
governo não age: uso de luvas cirúrgicas para a penetração vaginal e o cling film para o sexo oral. Exames
periódicos para saber se tudo anda bem.
Caso uma mulher
lésbica faça sexo com uma parceira que não é fixa e não a conhece muito bem, é
necessário fazer o sexo seguro. As dicas são:
• Esfregar a vulva na parte da parceira onde não há
possibilidade de troca de fluidos corporais;
• Utilizar luva cirúrgica, camisinha masculina ou dedeira na
penetração para proteger dedos e mãos;
• Unhas sempre bem aparadas e limpas para evitar cortes e
arranhões;
• Caso utilize brinquedos sexuais ou consolos utilizar a
camisinha;
• Caso compartilhe da brincadeira com a parceira, utilizando
consolos, trocar sempre a camisinha;
• Nunca penetrar a vagina e o ânus com a mesma camisinha, é
necessário trocar.
Para fazer sexo oral na vagina é necessário:
• Utilizar camisinha masculina ou feminina cortada para
adaptar melhor, ou usar o Dental Dam, quadrado de látex,
encontrado em lojas de material para dentista que se adapta muito bem ao sexo oral.
Para melhor comodidade utilizar camisinha sem lubrificante;
• Caso use lubrificante para penetração vaginal ou anal,
utilize-o à base de água, vendido em farmácias;
• Caso a parceira seja fixa é necessário que ambas visitem
regularmente o ginecologista para checar como anda a saúde e fazer exames de
rotina;
• Corrimento amarelo, esverdeado, branco e viscoso, mal
cheiroso é sinal de não saúde. Bem como vermelhidão, verrugas nos genitais,
feridinhas e coceiras;
• No ato de urinar se sentir muito ardor é um sinal de que
deve haver algum problema com sua saúde.
Cuide-se e evite futuros problemas que podem comprometer sua saúde
sexual e da sua parceira.
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