Cota Feminina nos Partidos Brasileiros
Os partidos políticos, quando querem que as mulheres se
candidatem, ficam a caça das mulheres, mas não para elas serem eleitas, mas sim
para cumprir cotas partidárias. Então, as mulheres tem que avançar nesse sentido, pois só vão conseguir ocupar e
modificar o quadro de deputadas eleitas caso tenham esse percentual das cadeiras nas câmaras,
senão vão ficar batalhando em termos de percentual de cota e na hora das
candidaturas pega-se qualquer mulher para se candidatar, para cumprir cota
partidária. Antes os 30%, ele constava na lei como algo que deveria ser observado, e as mulheres lutadoras pela sua causa colocaram que tem que ser cumprido os 30%. Então, já
houve uma diferença da palavra “observar’ para “cumprir”, quem entende de legislação sabe que faz diferença, foi uma conquista de 2009 que
obrigatoriamente tem que ser cumprida agora em 2012 nos municípios. Então, os partidos tem que cumprir isso. Também conseguiram colocar os 5% de recursos do fundo partidário, cada
partido tem que destinar 5% dos seus recursos para colocar espaço para a
formação das mulheres e todo trabalho com as mulheres, 10% dos programas partidários tem que estar à
presença de mulheres para dar visibilidade nos meios de comunicação para as
mulheres. Então isso já é legislação no Brasil. O país hoje tem candidaturas praticamente
individuais, por partidos, mas individuais. É uma disputa injusta, porque os
homens sempre são os que têm mais dinheiro, são os que mais arrecadam, são os que mais dialogam com a classe
empresarial que em ultima instancia é a que banca os candidatos. Então, a reforma
política que está aí ela trás uma diferença, ela trás a possibilidade de
eleição em listas. O que é essa eleição em lista? Para você entender
um pouquinho: Cada partido vai
eleger a sua lista partidária, primeiro internamente, com discussão, com
votação, enfim, depois o eleitor vai votar na lista por partido. Uma lista
partidária. Aí cada eleitor vai escolher que partido ele
gosta mais, e cada um vai
assumir uma responsabilidade muito forte porque estará elegendo não apenas
pessoas, estará elegendo um projeto e um programa partidário para sua cidade, para seu país, enfim, o que eu acho que nós temos que garantir isso é que a reforma política, que está sendo chamada assim, que está em debate no Congresso Nacional, garanta a paridade entre
homens e mulheres neste país, tem que ser 1 por 1 e de preferencialmente mulheres encabeçando
as chapas independente de partido político. Só assim teremos
um Brasil justo, dando a igualdade as mulheres no sentido político e humano da
questão. Só assim, o Brasil será o país soberano que diz ser e que nosso Hino Nacional
“Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria amada, Brasil!